segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Profissão de Zootecnista

O curso visa a formar profissionais éticos que priorizem as relações de interesse social e econômico do mercado de trabalho, buscando sempre a eficiência do setor agropecuário, e aptos a planejar, gerenciar, coordenar, administrar e assistir diferentes sistemas de produção animal e estabelecimentos agroindustriais, com o objetivo de agregar valores e otimizar a utilização dos recursos potencialmente disponíveis e tecnologias sociais economicamente adaptáveis; atender às demandas da sociedade quanto à excelência na qualidade e segurança dos produtos de origem animal; viabilizar sistemas alternativos de produção animal, bem como a comercialização de seus produtos e subprodutos; pensar os sistemas produtivos de animais contextualizados pela gestão dos recursos humanos e ambientais; criar racionalmente animais, mediante planejamento e pesquisa nas áreas de seleção, melhoramento e nutrição animal, manejo de pastagens, produção de rações balanceadas e planejamento de instalações; atuar como peritos na avaliação de animais, identificando taras e vícios e elaborar laudos técnicos e científicos no seu campo de atuação; avaliar, classificar e tipificar produtos e subprodutos de origem animal, em todos os seus estágios de produção; responder pela implantação e execução de rodeios, exposições, torneios e feiras agropecuárias; julgar, supervisionar e assessorar inscrição de animais em sociedades de registro genealógico, exposições, provas e avaliações funcionais e zootécnicas; realizar estudos de impacto ambiental; desenvolver pesquisas que melhorem as técnicas de criação, transporte, manipulação de abate, visando ao bem-estar animal; atuar nas áreas de difusão, informação e comunicação especializada em zootecnia, esportes agropecuários, lazer e terapias humanas com a utilização de animais; assessorar programas de controle sanitário, higiene, profilaxia e rastreabilidade animal, visando à segurança alimentar humana; responder por programas oficiais e privados em instituições financeiras e de fomento à agropecuária. São, portanto, competências do zootecnista: registro e controle de animais de diferentes raças; supervisão de exposições oficiais, avaliação genética de rebanhos; seleção de animais para formação de rebanhos-matrizes para reprodução; definição de sistemas e técnicas de cruzamentos; desenvolvimento de técnicas de pastagem; bioclimatologia; pesquisa de necessidades nutricionais de rebanhos e adequação de dieta animal; planejamento de instalações para a criação de animais visando ao conforto e funcionalidade; supervisão de vacinação e inseminação de animais. A profissão de zootecnista foi criada pela Lei nº 5.550, de 4 de dezembro de 1968.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009


frase do zootecnista

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A Cunicultura no Brasil como Alternativa


A cunicultura é a parte da Zootecnia que trabalha com a criação racional de coelhos. A prática dessa criação é antiga, remota da época dos antigos romanos, mas se tornou racional em meados de 1980, para a melhor utilização da carne e seus subprodutos.
Os países europeus, França e Espanha, são os maiores consumidores da atualidade de carne de coelho e o maior produtor é os Estados Unidos. Nesses países a carne é muito procurada e apreciada por ser saborosa e muito saudável fazendo parte de alguns pratos tradicionais.
No Brasil a criação começou a ser difundida em grande escala a partir de 1957, com a implantação de diversas granjas pelo país, mas a cultura enfrentou vários obstáculos, sendo mais bem organizada no final dos anos de 1980. Atualmente a produção e o consumo são reduzidos por não haver uma coordenação do setor para divulgar as grandes qualidades desta carne e o aproveitamento dos subprodutos.
Comparada com a carne de galinha, porco e de cordeiro possui menor quantidade de colesterol ruim, gordura e de sódio. Tributos que estão ganhando importância entre consumidores. A carne possui grande valor nutricional por ser de alta digestibilidade, podendo ser ingerida por todos os tipos de pessoas, desde crianças, velhos até pessoas com restrição alimentar por causa de doenças. Veja essa tabela comparativa:
Espécies Água (%) Proteína (%) Gordura (%) Minerais (%)
Coelho ---- 68,44---- 20,77---------- 3,77------- 1,49
Boi --------72,31----- 18,88---------- 7,41------- 1,33
Suíno------ 59,20 ---- 15,85-------- 22,7-------- 0,91
Cordeiro--- 75,99----- 17,11--------- 5,77-------- 1,33
Frango---- 74,88----- 21,50-------- 4,5--------- 1,10
Hoje a visão do produtor é “trabalhar limpo”, pois é mais barato, se faz o trabalho com prevenção às doenças e evitando o uso de antibióticos e promotores de crescimento. Assim agregam-se valores a esse tipo de carne chegando a ser vendida por R$ 13,00 o kg. Esse valor está alto se comparado ao de outras espécies consumidas no Brasil, mas é por causa da pouca procura no mercado. Um dos principais motivos hoje em dia, é a idéia difundida de coelho como animal para pets (animais de estimação).
Existem várias vantagens para os pequenos produtores na criação de coelhos entre elas que eles se reproduzem muito, com grande facilidade e rapidez; sua alimentação é muito barata porque nela constam, em grande parte, capinas ou mesmo mato encontrado em toda parte, grãos de cereais ou, o que é melhor e mais prático, rações balanceadas comerciais, especiais para o crescimento, reprodução, engorda, etc.
Outra vantagens é a utilização dos subprodutos advindos da produção de coelhos, como Pele - Muito procurada por sua beleza e boa qualidade, serve para a confecção de belos agasalhos e casacos, além de colchas, etc. As mais valorizadas são as maiores, de boa qualidade e em grandes lotes, que só são conseguidas com a criação de raças puras e selecionadas. Pêlos - Temos os longos, produzidos principalmente pela raça angorá e empregados nos tecidos; e os curtos, utilizados na fabricação de feltros e tecidos especiais quando misturados com outros pêlos ou fibras. Couro - Quando curtido sem os pêlos, servem para substituir a camurça na fabricação de luvas, bolsas e calçados. Os defeituosos são aproveitados para a fabricação de cola. Esterco - Mais forte do que o do boi, cavalo ou galinha, pode ser empregado em qualquer plantação, pomar, horta ou jardim. Venda de reprodutores - Pode ser uma atividade lucrativa, desde que se produzam reprodutores fortes, saudáveis e puros.
Assim, a cunicultura se mostra uma área que tem um grande potencial, pode ter um melhor aproveito em sua produção, sendo uma alternativa para pequenos produtores, com várias vantagens para aqueles que têm buscado novas alternativas de inserção no mercado.

obesidade de cães e gatos


A obesidade resulta do acúmulo excessivo de gordura no corpo, suficiente para deteriorar as funções do mesmo e prejudicar a boa saúde e o bem estar. É um estado físico com modificações de forma e aumento visível de tamanho (gordura) que leva a mais de 20% de sobrepeso por acúmulo de tecido adiposo.
Existe uma diferença entre sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida. Sobrepeso é quando o animal se apresenta de 10 a 20% acima de seu peso ideal, visualmente o corpo apresenta costelas dificilmente palpáveis, depósito de gordura na espinha e base da cauda, cintura e dobras abdominais ausentes. Na obesidade o animal se apresenta de 20 a 30% acima de seu peso ideal, visualmente apresenta deposito maciço de gordura no tórax, espinha e base da cauda e distensão abdominal óbvia. Já na obesidade mórbida ele está acima de 30% do seu peso ideal, visualmente parece uma bola, estando com muito deposito de gordura, tendo muita dificuldade de locomoção, respiração e aumento incomum de sono.
Quando cães e gatos estão excessivamente obesos aumentam os problemas circulatórios, de articulações e locomotores, além de enfermidades de pele e tumores.
Estudos sobre a população de cães e gatos levados às universidades ou clínicas veterinárias mostram que de 25 a 33% dos cães e 25% dos gatos são obesos e 40% dos cães adultos apresentam sobrepeso. Esta porcentagem pode chegar até 75% em cães idosos.
A obesidade é um problema muito importante e com uma firme tendência de aumento progressivo relacionado ao aumento da população de animais de estimação em todo mundo. Os animais de estimação dos grandes centros urbanos estão cada vez mais concentrados em pequenos espaços e com vida sedentária e aliado a outros fatores como castração, alta disponibilidade de alimentos e manejo inadequado do proprietário, aumenta, em muito, o aparecimento da enfermidade.
Primeiramente a obesidade tem como causa o consumo excessivo de calorias que excedem às necessidades energéticas, mas também pode ter outros fatores como genético, orgânicos e comportamentais. Alguns estudos desenvolvidos sobre os diversos tipos de predisposição genética em cães e gatos supõem-se que o número de células adipócitas de um indivíduo é controlado por um código genético. Observação reforçada pelo maior número de fêmeas obesas que machos e algumas raças específicas.
Causas orgânicas podem se apresentar como hipotireoidismo (não se produz hormônio tireoidiano suficiente), doença de cushing’s, insulinoma (tumor pancreático) e o diabetes mellitus.
Causas comportamentais que são causadas pela alteração do comportamento alimentar, associado a manejo inadequado do proprietário ou a um proprietário excessivamente permissivo com seu animal de estimação dando alimentação fora de hora ou petiscos em excesso.
Ainda podem aparecer as causas ambientais como a castração. Animais castrados precocemente podem apresentar um período de crescimento mais prolongado, tendo como resultado um animal com esqueleto maior e mais corpulento, o que leva o proprietário tardarem a se dar conta da obesidade, uma vez que pensam se tratar de um animal robusto e desenvolvido, jamais obeso.
A prevenção deve começar nos primeiros meses de vida. Filhotes não apresentam o sistema de controle voluntário de consumo desenvolvido e tendem a ingerir muito mais que suas necessidades energéticas. Como consequência ocorre uma dilatação de estômago no adulto.
É importante controlar o consumo de alimentos de acordo com as necessidades energéticas para a idade, a raça e as condições ambientais a que estão dispostas o animal. Sendo o conceito mais importante para prevenir a obesidade é administrar somente a quantidade necessária de alimento para cobrir as necessidades energéticas de manutenção dos animais.
Algumas dicas: não deixar o alimento no vasilhame durante todo o dia, dividir o alimento em pequenas porções diárias (três vezes ao dia), não deixar o alimento por mais de quinze minutos a cada refeição, mantenha o animal fora da área de preparação dos alimentos e não permita que este presencie a refeição dos humanos, jamais ofereça restos de alimentação humana ao animal, eduque as crianças para que não compartilhem alimentos com o animal, coloque os alimentos longe do alcance dos animais e troque petiscos calóricos por pedaços de cenouras, maçãs melões ou peras e mesmos biscoitos poucos calóricos de fibras.
O tratamento da obesidade deve ser acompanhado por um profissional para que se obtenha êxito ao final. Isso para que você tenha um animal saudável que possa estar um maior tempo ao seu lado.



Gustavo Antônio Claret
Zootecnista
Nutrição/Produção/Reprodução/Melhoramento Genético

cavalos e montaria


Para os amantes de cavalos um dos mais apreciados acontecimentos é o concurso de prova de marcha que acontece em exposições. Criadores colocam seus melhores animais para serem analisados por juízes, reunindo a elite da equinocultura.
Algumas raças foram analisadas na 2ª expo Carmo da Mata, sendo elas a Mangalarga Machador e a Campolina, na parte de equídeos, e ainda concurso de marcha de muares, conhecidos como mulas (cruzamento de jumento pega com éguas).
As exposições têm como finalidade verificar, pela apresentação de espécimes, o índice de melhoramento da raça e premiar os melhores animais, proporcionar a troca de experiências entre os criadores favorecendo oportunidade de negócios. Proporcionar uma integração entre as comunidades urbanas e rurais mostrando ao público a importância dos equinos nas atividades rurais e sua utilização para sela, serviço e lazer atraindo novos criadores e usuários da raça.
Nos concursos de marcha são analisados o andamento e a morfologia dos animais. Nos movimentos são olhadas as principais características do andamento como diagrama (velocidade, simetria, sequência e números de apoio de cascos no solo, sequência dos membros, número de batidas e constância do contato do animal com o solo), regularidade, simetria, comodidade, postura, rendimento (comprimento dos passos), sendo assim marchando.
O andamento analisado no concurso é a marcha, que pode ser picada ou batida. A marcha picada é mais ‘macia’ e de maior comodidade desestabilizando menos o cavaleiro inexperiente. Este andamento não deve, entretanto, ser utilizado para a equitação esportiva, pois o homem tem dificuldade de adaptação a essa marcha em esportes equestres pela falta de coordenação com o tempo do cavalo quando este estiver em um movimento acelerado. Por isso o uso da marcha picada e suas variantes são indicadas apenas para as cavalgadas, passeios e romarias, que não exigem do usuário uma equitação de precisão. A marcha batida poderá se revelar o melhor andamento para a equitação clássica. Este deslocamento, também em quatro tempos, mas com os toques dos cascos soando de dois a dois, é ótima para a equitação esportiva. A marcha batida dá a posição correta ao cavaleiro na sela e permite ao conjunto executar todas as transições com mais comodidade para o cavaleiro e uma maior harmonia do conjunto. Ainda temos a marcha de centro que é uma aproximação entre a marcha batida e a marcha picada, sendo a marcha mais perfeita, com maior tempo de tríplice apoio ou só com tríplice apoio, é a que apresenta maior comodidade ao cavaleiro, sendo a marcha que é a ideal para um cavalo.
Nas provas de marcha são avaliados os andamentos que proporcionem o máximo de conforto ao cavalo e cavaleiro; cavalo com boa atitude; cavaleiro ou amazona demonstrando boa qualidade de equitação; harmonia no conjunto cavalo – cavaleiro; o passo do animal deve ser fácil, equilibrado e com ritmo; marcha natural com bom controle de velocidade, com dissociação evidente, cômoda e desenvolta; galope médio deve ser justo, equilibrado, mantendo ritmo e a cadencia; transições suaves e equilibradas, executadas no ponto demarcado pelo árbitro.
No julgamento de morfologia será conferida a expressão racial, o conjunto de frente (cabeça e pescoço), membros, aprumos em estação e todas as proporcionalidades.
No final todos se divertem nesse tipo de evento, sendo trabalhando ou como público, pois é um modo de uma pessoa mais urbana esta perto do campo, aprendendo e participando de atividade que normalmente desconhecem, e uma maneira do campo estar expondo o que de bom está produzindo.