sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A Cunicultura no Brasil como Alternativa


A cunicultura é a parte da Zootecnia que trabalha com a criação racional de coelhos. A prática dessa criação é antiga, remota da época dos antigos romanos, mas se tornou racional em meados de 1980, para a melhor utilização da carne e seus subprodutos.
Os países europeus, França e Espanha, são os maiores consumidores da atualidade de carne de coelho e o maior produtor é os Estados Unidos. Nesses países a carne é muito procurada e apreciada por ser saborosa e muito saudável fazendo parte de alguns pratos tradicionais.
No Brasil a criação começou a ser difundida em grande escala a partir de 1957, com a implantação de diversas granjas pelo país, mas a cultura enfrentou vários obstáculos, sendo mais bem organizada no final dos anos de 1980. Atualmente a produção e o consumo são reduzidos por não haver uma coordenação do setor para divulgar as grandes qualidades desta carne e o aproveitamento dos subprodutos.
Comparada com a carne de galinha, porco e de cordeiro possui menor quantidade de colesterol ruim, gordura e de sódio. Tributos que estão ganhando importância entre consumidores. A carne possui grande valor nutricional por ser de alta digestibilidade, podendo ser ingerida por todos os tipos de pessoas, desde crianças, velhos até pessoas com restrição alimentar por causa de doenças. Veja essa tabela comparativa:
Espécies Água (%) Proteína (%) Gordura (%) Minerais (%)
Coelho ---- 68,44---- 20,77---------- 3,77------- 1,49
Boi --------72,31----- 18,88---------- 7,41------- 1,33
Suíno------ 59,20 ---- 15,85-------- 22,7-------- 0,91
Cordeiro--- 75,99----- 17,11--------- 5,77-------- 1,33
Frango---- 74,88----- 21,50-------- 4,5--------- 1,10
Hoje a visão do produtor é “trabalhar limpo”, pois é mais barato, se faz o trabalho com prevenção às doenças e evitando o uso de antibióticos e promotores de crescimento. Assim agregam-se valores a esse tipo de carne chegando a ser vendida por R$ 13,00 o kg. Esse valor está alto se comparado ao de outras espécies consumidas no Brasil, mas é por causa da pouca procura no mercado. Um dos principais motivos hoje em dia, é a idéia difundida de coelho como animal para pets (animais de estimação).
Existem várias vantagens para os pequenos produtores na criação de coelhos entre elas que eles se reproduzem muito, com grande facilidade e rapidez; sua alimentação é muito barata porque nela constam, em grande parte, capinas ou mesmo mato encontrado em toda parte, grãos de cereais ou, o que é melhor e mais prático, rações balanceadas comerciais, especiais para o crescimento, reprodução, engorda, etc.
Outra vantagens é a utilização dos subprodutos advindos da produção de coelhos, como Pele - Muito procurada por sua beleza e boa qualidade, serve para a confecção de belos agasalhos e casacos, além de colchas, etc. As mais valorizadas são as maiores, de boa qualidade e em grandes lotes, que só são conseguidas com a criação de raças puras e selecionadas. Pêlos - Temos os longos, produzidos principalmente pela raça angorá e empregados nos tecidos; e os curtos, utilizados na fabricação de feltros e tecidos especiais quando misturados com outros pêlos ou fibras. Couro - Quando curtido sem os pêlos, servem para substituir a camurça na fabricação de luvas, bolsas e calçados. Os defeituosos são aproveitados para a fabricação de cola. Esterco - Mais forte do que o do boi, cavalo ou galinha, pode ser empregado em qualquer plantação, pomar, horta ou jardim. Venda de reprodutores - Pode ser uma atividade lucrativa, desde que se produzam reprodutores fortes, saudáveis e puros.
Assim, a cunicultura se mostra uma área que tem um grande potencial, pode ter um melhor aproveito em sua produção, sendo uma alternativa para pequenos produtores, com várias vantagens para aqueles que têm buscado novas alternativas de inserção no mercado.

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